Saleh Mustafá

Imigrante da cidade de Kofralk na Palestina, com pouco mais de 20 anos de idade e com US$ 60 dólares no bolso, chegou ao Brasil, em 1952, Saleh Mustafá.
Nesta época, começou a trajetória de um jovem que imigrou para o Brasil para “vencer na vida” e que tempos depois veio a exercer um papel importante no desenvolvimento de Birigui. Seu primeiro emprego foi como mascate, ou ambulante, vendendo roupas e peças de vestuário, que adquiria no Bairro do Braz, em São Paulo.
Estrangeiro e com pouca noção e fluência no idioma português, utilizava-se de uma estratégia singular para as vendas dos artigos de vestuários trazidos de São Paulo. Sem falar o idioma português, decorou poucas palavras essenciais para se fazer entender e para não as esquecer, deixou anotada nas mãos pequenas frases em língua portuguesa. E, pela manhã, quando se dirigia de casa em casa para vender, abordava seus fregueses na seguinte sequência de frases memorizadas: “Bom dia, você quer comprar roupas?” E imediatamente já abria a bolsa para mostrar as mercadorias, evitando dessa forma algum início ou mesmo prolongamento do diálogo. Após trabalhar alguns anos nesta atividade e já mais habituado com a língua portuguesa, mudou-se para Birigui e pouco tempo depois adquiriu um comércio de venda de roupas, o Bazar Santa Terezinha, em 1957. Posteriormente, comprou outro comércio: as Lojas Costa (ambos em frente da praça Dr Gama). E, em 1966, em conjunto com outros sócios instalou na cidade de Birigui a Indústria de Calçados Raquete, permanecendo na história do setor calçadista como empresário até os anos 90, época em que formou em sociedade com sua filha Eliane, a Indústria de Calçados Liasa, empresa que permaneceu em atividade até 1996.

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